terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Negra pele, com respeito...

Tudo começou,
Em uma terra distante;
Roubaram-lhe a cultura,
O direito de viver,
Falar e correr.
Trouxeram-no para o Brasil.
Foi espancado, sofrido, maltratado.
Arrancaram seu direito
A uma feliz vida.
Ao sonho, que um dia “Ser vivo”.
Com sangue de mesma cor,
Vindo do mesmo pó.
Só tinha algo diferente;
Pensavam não ser gente,
O escravizaram e prenderam.
O homem cruel e muito mau.
Os tratavam como animal.
Coitado do “Preto Veio”.
Perdeu o direito de amar,
Amar a sua gente.
Povo covarde.
Mataram inocente.
Destruíram essa gente.
Que saíram de sua terra,
Pra nunca mais voltar,
Quem sabe, algum dia,
Após ter devolvido,
Seu direito moral de viver.
Olhem para frente e vejam
Que em sua terra de volta
Pode ele, livre Respirar,
Contar aos netos
Tudo o que sofreu
Ensinar o que pobre homem passou.
Assim,
Com sua cidadania de volta.
O mesmo negro homem, possa se respeitar.

Poema do Livro Alvorecer, de Cristiano Luiz, lançado em 2001, pela Editora Vale das Águas – Caldas Novas – Goiás



Cristiano Luiz de Jesus
Escritor, poeta e Membro da Academia de Letras e Artes de Caldas Novas
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Escritor

Cristiano Luiz de Jesus

Escritor e Poeta