segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Fazendo de um Fusca Velho Uma Ferrari F450 "Zero"...

CAPITULO 1
CAVANDO MAIS O FUNDO DO POÇO
(O FUSCA VELHO)
(Começando a transformação)



Era um dia como qualquer outro, para todo mundo, menos para mim. Sem rumo na vida, parece que aquele poço que eu estava cavando não tinha mais fundo. Parece que tudo para mim estava
Acabado. Sem solução. Imagine. Casa desmoronada, minha vida profissional no fim, e nada que eu fazia dava certo. O que fazer a partir daquele momento? Que solução teria para mim? Quando você chega nesta situação, nenhum amigo pode lhe dar um conselho, pois você não ouve este conselho. E agora? Eu só ouvia uma voz: “Compre um fusca velho...” Eu pensei que estava doido. Aquela voz não saía de minha cabeça. “Compre um fusca velho”.
Ah! Esqueci de me apresentar. Sou Dig. Um jovem funcionário de uma empresa, que tinha sido demitido.
O único dinheiro que eu tinha era mau dava para eu acertar as minhas contas e comprar comida para eu e minha esposa.
Agora, pegar aquele dinheiro e investir em um fusca velho???
Aquela voz estava em minha mente: Compre um fusca velho. O que aquele fusca velho poderia fazer por minha vida. 
Sai de casa para procurar um emprego. Todas as portas que eu batia eram fechadas. Eu fiquei pensando. O que está errado?
Aquela voz continuava dizendo: “Compre um fusca velho!”.
Andei o dia todo. Cheguei em casa e minha esposa. Alia, me questionava:
- Conseguiu emprego?
- Não querida. Parece que tudo está fechado.
- O que vamos fazer?
- Eu acho que estou ficando louco. Pois uma voz está me dizendo para comprar um fusca velho.
- Com que dinheiro?
- Não sei.
Os dias passavam, e eu estava cada vez mais perdido. Passava a ver uma pá em minha mão e eu cavando o fundo do poço ainda mais. Nenhuma luz no fim do túnel. E agora. O que posso encontrar?
Chegou o grande dia do meu acerto na empresa. Acabei recebendo algo a mais do que eu estava esperando e fiz compras, paguei as dividas e fui em busca daquele fusca velho.
Acabei achando em uma dessas garagens, um velho fusca abandonado, ano 74. Motor fundido e faltava só ir para o ferro velho.
Quando comprei aquele carro, o próprio dono da loja me disse:
- Este carro deve estar aqui há uns oi anos.
- Eu quero ele.
Quando minha mulher viu aquele carro chegando em nosso quintal disse:
- Você só pode ter ficado louco mesmo.
- É mas deve existir um motivo para tudo isto. Eu sinto que este fusca poderá mudar a minha vida.



Todos os dias eu ficava olhando aquele fusca velho e ficava pensando o porque daquela voz me pedir para comprar aquele fusca velho...
         Numa noite, tive um sonho onde um velho homem me disse:
         - Olhe este fusca velho.
Eu olhei para aquele fusca e ele disse:
- O que você vê.
Respondi:
- Apenas um fusca velho.
- Você vê este fusca velho, e eu estou vendo muito mais. Mas me diga. De que este fusca velho é feito?
- De muita carcaça, ferro velho e motor fundido.
- Certo.
- Este fusca pode ser transformado em uma FERRARI?
- Nunca!
 - Pois em breve você verá que pode.
Acordei intrigado. Com tudo aquilo que ele me disse. Mas num clique, algo em meu coração dizia que eu era aquele fusca velho.
Eu já chegava a um primeiro passo em busca de uma solução para os meus problemas. A busca de uma MUDANÇA. ATITUDE.
Quando eu pude descobrir que eu era o FUSCA VELHO, pude observar alguns erros que eu cometia em minha vida e que poderia modificar tudo.
Seria Fácil? Não! Seria Impossível. Talvez não. Os passos é que seriam difíceis. Toda mudança traz impacto.
Não é fácil a mudança, mas é necessária.
Toda mudança exige novos investimentos. Toda mudança tem seus traumas. Toda mudança tem seus sofrimentos.

VENDO O QUE NÃO ESTÁ NA MINHA FRENTE, PELA FÉ

Na história seguinte você observará uma maneira diferente de olhar as pessoas:
“Certo dia, um escultor passou diante de uma casa muito bela e observou uma pedra enorme, cuja mesma, as crianças brincavam e a jogavam de um lado para o outro e, para o dono daquela casa, a pedra não tinha nenhum valor. Aquele escultor conversou com o homem que era muito rico e disse:
- Quanto custa esta pedra?
- Ah! Pode levá-la. Para mim ela não tem muito valor e nenhuma necessidade.
Aquele artista levou a pedra para casa; Lavou-a; trabalhou-a com todo carinho e começou a moldá-la. E no correr daqueles dias a pedra ia tomando forma. Após algum tempo, numa tarde de verão, aquele homem entrou no ateliê do escultor, observou uma bela escultura.
- Quanto custa esta peça belíssima? – disse aquele homem olhando um belo cavalo esculpido e envernizado.
- Quinhentos dólares... – disse aquele escultor.
- Vou levá-la.
Depois de vender a peça, o escultor disse:
- Posso contar-lhe a história deste cavalo?
- Claro!
- O senhor se lembra de uma pedra que eu ofereci compra-la numa tarde de inverno do ano passado, quando eu passava diante de sua casa?
- Sim.
- Pois bem, enquanto o senhor observava aquela pedra, eu já via este cavalo pronto...



ATITUDE.

CAPÍTULO 2
APRENDENDO COM O FUNDO DO POÇO

A vida nos ensina muito e eu estava com um enigma para resolver. Como chegar a uma nova vida. Como FAZER DO MEU FUSCA VELHO UMA FERRARI?
A minha mulher não compreendia nada do que estava acontecendo em nossa vida. Uma das primeiras coisas que descobri foi que eu era uma pessoa arrogante em meu trabalho e que pensava ser o dono de toda a verdade. Tratava meus companheiros de trabalho com frieza. Não aceitava conselhos. E muitos outros erros que eu cometia, sem saber que eu estava ferindo quem estava ao meu redor.
Uma nova visão para mim.
Saí em busca de um emprego naquela manhã. Parecia que eu estava vendo uma luzinha no final do túnel. Recebi vários “NÃO”. Eu estava cansado de ouvir esta palavra: “NÃO”.
Passei em várias empresas. Diversas entrevistas. Nada. Nenhuma resposta.
O que fazer???
Consegui um emprego de Office boy, naquela manhã, depois de vinte dias sem uma solução. Trabalhar em um emprego diferente do meu, onde eu era um chefe e comandava um grupo grande de pessoas. Não é fácil. Mas era um desafio. Era uma quebra de paradigma. Algo precisava mudar em minha visão. Algo tinha que ser transformado. E comecei por minha esposa. O tratamento que eu comecei a dar para Alia a partir daquela tarde quando cheguei em casa, fez com que ela achasse estranho. Quem sempre a tratava com indiferença. Chegava em casa e quase não falava com ela. Só cobrava. Na verdade eu tratava ela como tratava as pessoas em meu trabalho. Como chefe.
Eram as primeiras mudanças em meu FUSCA. Ele ainda era um fusca. Mas algo já começava a mudar.
Após o trabalho todos os dias, eu olhava sentado o fusca e ouvia uma voz que dizia que eu precisava FAZER DAQUELE FUSCA UMA FERRARI. Mas como? Era um desafio.
Continuava trabalhando como Office Boy. Mas eu buscava algo diferente. Queria aprender mais. Uma das coisas que aprendi naquele trabalho foi a receber ordens. E como eu recebia ordens de Lauro, meu chefe. Eu via ele, com seus 35 anos, comandar aquelas dez pessoas, com uma voz humilde. Nunca se irritava, e quando ele tinha que chamar a atenção de alguém, chamava em separado. Exaltava suas qualidades e apresentava seus defeitos. Aquilo era diferente para mim.
Numa tarde, conversei com ele sobre o porque daquelas atitudes e ele me respondeu, que se ele quisesse ser tratado com educação era preciso tratar as outras pessoas com educação.
- Este é o Princípio da EMPATIA. Eu me colocar no lugar do outro.
Era uma grande descoberta para mim.



Não.

Se a cada não, eu baixasse a cabeça,
Viveria sempre olhando para o chão...
Se a cada não, eu parasse,
Viveria estagnado no passado...
Se a cada não eu chorasse...
Não existiriam mais lenços
Para enxugar as minhas lágrimas...

Todos os não que recebi,
Foram combustível
Para que eu seguisse em frente...

A cada não, fiz com que eles se tornassem pedras
Que pavimentaram o caminho
Para ir rumo a minha vitória...





EMPATIA

CAPITULO 4
SUBINDO A ESCADA DO APRENDIZADO
(APRENDENDO COM MEUS ERROS)

Os muitos erros que eu cometia começavam a me ensinar. Não estava sendo fácil tudo o que eu estava passando. Era um grande sofrimento. Ter que conviver com pouco dinheiro e aprender a administrar problemas??? Ah! Não era muito fácil. Mas aos poucos eu via que tinha como fazer o diferente, bastava aprender com os erros do passado e buscar não cometê-los novamente.
Certa tarde pude ver uma escada, quando estava esperando o ônibus para ir ao trabalho, e parecendo um click surgiu em minha frente uma resposta para muitas perguntas. Aquela escada... Ah! Eu deveria subir cada degrau de uma vez.
Sempre eu pensei que chegar ao topo era fácil. Que chegar ao sucesso era como um passe de mágica. Mas aprendi que é preciso subir degrau por degrau.
Quando cair, é preciso voltar ao degrau anterior e aprender sobre o motivo de minha queda. APRENDIZADO E RENOVAÇÃO CONSTANTE.


                 













Capítulo 5

O PODER REAL DA REFLEXÃO
(Comprando um novo motor)
Caça às “bruxas”

A REFLEXÃO passou a ser uma grande amiga para mim. Cada passo que eu dava eu pensava e analisava bem onde eu estava pisando. Acreditando que era preciso ver os pontos negativos e aprender com eles. Assim, para mim, foi preciso fazer um “FLASHBACK”. Um retorno ao passado e retirar de meus pensamentos, de minha cabeça, tudo o que não prestava. Era uma caça às bruxas.
Ah! Não foi fácil ADMITIR os meus erros. Como era difícil ver que aqueles erros é que faziam com que a minha vida fosse daquela forma. Ver que eu era um profissional capacitado, mas era arrogante, autoritário e incosntante em meu trabalho e com a minha esposa.










                  






CAPÍTULO 6
DO FUNDO DO POÇO ATÉ A FONTE DO RIO
(Vendo muito mais que lata velha)
O PODER DE SONHAR ACORDADO...

Quando você está no fundo do poço não se consegue ver muitas coisas, a não ser o seu próprio sofrimento. Tudo para você é o errado. Tudo é só angustia, e até mesmo os amigos te abandonam (Não os amigos verdadeiros).
Quando via o FUSCA velho, eu já olhava como se ele fosse uma FERRARI. Comecei a fazer investimentos naquele fusca. Levei-o para o mecânico e ele começou a trabalhar. Fora preciso desmontar todo o carro, deixá-lo na carcaça e retirar as partes enferrujadas. Muitas peças corroídas pelo tempo. Muitas peças destruídas. Todos os dias, quando chegava do trabalho passava na oficina para acompanhar as mudanças que eram realizadas naquele FUSCA velho.
Era como se existisse um ritual a ser seguido por mim. Mas a cada mudança eu também mudava a minha vida. Eu quebrava velhas barreiras que existiam em mim.  
Em muitos momentos de nossa vida é preciso sonhar acordado. Vislumbrar novos caminhos, novos horizontes. Ver que os sonhos podem se realizar. Isso não é muito fácil. É preciso superar muitas coisas.






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