CAPITULO 1
CAVANDO
MAIS O FUNDO DO POÇO
(O FUSCA
VELHO)
(Começando a transformação)
Era um dia como qualquer outro, para todo mundo, menos para mim. Sem rumo na
vida, parece que aquele poço que eu estava cavando não tinha mais fundo. Parece
que tudo para mim estava
Acabado.
Sem solução. Imagine. Casa desmoronada, minha vida profissional no fim, e nada
que eu fazia dava certo. O que fazer a partir daquele momento? Que solução
teria para mim? Quando você chega nesta situação, nenhum amigo pode lhe dar um
conselho, pois você não ouve este conselho. E agora? Eu só ouvia uma voz:
“Compre um fusca velho...” Eu pensei que estava doido. Aquela voz não saía de
minha cabeça. “Compre um fusca velho”.
Ah! Esqueci
de me apresentar. Sou Dig. Um jovem funcionário de uma empresa, que tinha sido
demitido.
O único
dinheiro que eu tinha era mau dava para eu acertar as minhas contas e comprar
comida para eu e minha esposa.
Agora,
pegar aquele dinheiro e investir em um fusca velho???
Aquela voz
estava em minha mente: Compre um fusca velho. O que aquele fusca velho poderia
fazer por minha vida.
Sai de casa
para procurar um emprego. Todas as portas que eu batia eram fechadas. Eu fiquei
pensando. O que está errado?
Aquela voz
continuava dizendo: “Compre um fusca velho!”.
Andei o dia
todo. Cheguei em casa e minha esposa. Alia, me questionava:
- Conseguiu
emprego?
- Não
querida. Parece que tudo está fechado.
- O que
vamos fazer?
- Eu acho
que estou ficando louco. Pois uma voz está me dizendo para comprar um fusca
velho.
- Com que
dinheiro?
- Não sei.
Os dias
passavam, e eu estava cada vez mais perdido. Passava a ver uma pá em minha mão
e eu cavando o fundo do poço ainda mais. Nenhuma luz no fim do túnel. E agora.
O que posso encontrar?
Chegou o
grande dia do meu acerto na empresa. Acabei recebendo algo a mais do que eu
estava esperando e fiz compras, paguei as dividas e fui em busca daquele fusca
velho.
Acabei
achando em uma dessas garagens, um velho fusca abandonado, ano 74. Motor
fundido e faltava só ir para o ferro velho.
Quando
comprei aquele carro, o próprio dono da loja me disse:
- Este
carro deve estar aqui há uns oi anos.
- Eu quero
ele.
Quando
minha mulher viu aquele carro chegando em nosso quintal disse:
- Você só
pode ter ficado louco mesmo.
- É mas
deve existir um motivo para tudo isto. Eu sinto que este fusca poderá mudar a
minha vida.
Todos os
dias eu ficava olhando aquele fusca velho e ficava pensando o porque daquela
voz me pedir para comprar aquele fusca velho...
Numa noite, tive um sonho
onde um velho homem me disse:
- Olhe este fusca velho.
Eu olhei
para aquele fusca e ele disse:
- O que
você vê.
Respondi:
- Apenas um
fusca velho.
- Você vê
este fusca velho, e eu estou vendo muito mais. Mas me diga. De que este fusca
velho é feito?
- De muita
carcaça, ferro velho e motor fundido.
- Certo.
- Este
fusca pode ser transformado em uma FERRARI?
- Nunca!
- Pois em breve você verá que pode.
Acordei
intrigado. Com tudo aquilo que ele me disse. Mas num clique, algo em meu
coração dizia que eu era aquele fusca velho.
Eu já
chegava a um primeiro passo em busca de uma solução para os meus problemas. A
busca de uma MUDANÇA. ATITUDE.
Quando eu
pude descobrir que eu era o FUSCA VELHO, pude observar alguns erros que eu
cometia em minha vida e que poderia modificar tudo.
Seria
Fácil? Não! Seria Impossível. Talvez não. Os passos é que seriam difíceis. Toda
mudança traz impacto.
Não é fácil
a mudança, mas é necessária.
Toda
mudança exige novos investimentos. Toda mudança tem seus traumas. Toda mudança
tem seus sofrimentos.
“VENDO
O QUE NÃO ESTÁ NA MINHA FRENTE, PELA FÉ”
Na
história seguinte você observará uma maneira diferente de olhar as pessoas:
“Certo dia, um escultor passou diante de
uma casa muito bela e observou uma pedra enorme, cuja mesma, as crianças
brincavam e a jogavam de um lado para o outro e, para o dono daquela casa, a
pedra não tinha nenhum valor. Aquele escultor conversou com o homem que era
muito rico e disse:
- Quanto custa esta pedra?
- Ah! Pode levá-la. Para mim ela não tem
muito valor e nenhuma necessidade.
Aquele artista levou a pedra para casa;
Lavou-a; trabalhou-a com todo carinho e começou a moldá-la. E no correr
daqueles dias a pedra ia tomando forma. Após algum tempo, numa tarde de verão,
aquele homem entrou no ateliê do escultor, observou uma bela escultura.
- Quanto custa esta peça belíssima? –
disse aquele homem olhando um belo cavalo esculpido e envernizado.
- Quinhentos dólares... – disse aquele
escultor.
- Vou levá-la.
Depois de vender a peça, o escultor disse:
- Posso contar-lhe a história deste
cavalo?
- Claro!
- O senhor se lembra de uma pedra que eu
ofereci compra-la numa tarde de inverno do ano passado, quando eu passava
diante de sua casa?
- Sim.
- Pois bem, enquanto o senhor observava
aquela pedra, eu já via este cavalo pronto...
ATITUDE.
CAPÍTULO 2
APRENDENDO COM O FUNDO DO POÇO
A vida nos
ensina muito e eu estava com um enigma para resolver. Como chegar a uma nova
vida. Como FAZER DO MEU FUSCA VELHO UMA FERRARI?
A minha
mulher não compreendia nada do que estava acontecendo em nossa vida. Uma das
primeiras coisas que descobri foi que eu era uma pessoa arrogante em meu
trabalho e que pensava ser o dono de toda a verdade. Tratava meus companheiros
de trabalho com frieza. Não aceitava conselhos. E muitos outros erros que eu
cometia, sem saber que eu estava ferindo quem estava ao meu redor.
Uma nova
visão para mim.
Saí em
busca de um emprego naquela manhã. Parecia que eu estava vendo uma luzinha no
final do túnel. Recebi vários “NÃO”. Eu estava cansado de ouvir esta palavra:
“NÃO”.
Passei em
várias empresas. Diversas entrevistas. Nada. Nenhuma resposta.
O que
fazer???
Consegui um
emprego de Office boy, naquela manhã, depois de vinte dias sem uma solução.
Trabalhar em um emprego diferente do meu, onde eu era um chefe e comandava um
grupo grande de pessoas. Não é fácil. Mas era um desafio. Era uma quebra de
paradigma. Algo precisava mudar em minha visão. Algo tinha que ser transformado.
E comecei por minha esposa. O tratamento que eu comecei a dar para Alia a
partir daquela tarde quando cheguei em casa, fez com que ela achasse estranho.
Quem sempre a tratava com indiferença. Chegava em casa e quase não falava com
ela. Só cobrava. Na verdade eu tratava ela como tratava as pessoas em meu
trabalho. Como chefe.
Eram as
primeiras mudanças em meu FUSCA. Ele ainda era um fusca. Mas algo já começava a
mudar.
Após o
trabalho todos os dias, eu olhava sentado o fusca e ouvia uma voz que dizia que
eu precisava FAZER DAQUELE FUSCA UMA FERRARI. Mas como? Era um desafio.
Continuava
trabalhando como Office Boy. Mas eu buscava algo diferente. Queria aprender
mais. Uma das coisas que aprendi naquele trabalho foi a receber ordens. E como
eu recebia ordens de Lauro, meu chefe. Eu via ele, com seus 35 anos, comandar
aquelas dez pessoas, com uma voz humilde. Nunca se irritava, e quando ele tinha
que chamar a atenção de alguém, chamava em separado. Exaltava suas qualidades e
apresentava seus defeitos. Aquilo era diferente para mim.
Numa tarde,
conversei com ele sobre o porque daquelas atitudes e ele me respondeu, que se
ele quisesse ser tratado com educação era preciso tratar as outras pessoas com
educação.
- Este é o
Princípio da EMPATIA. Eu me colocar no lugar do outro.
Era uma
grande descoberta para mim.
Não.
Se a
cada não, eu baixasse a cabeça,
Viveria
sempre olhando para o chão...
Se a
cada não, eu parasse,
Viveria
estagnado no passado...
Se a
cada não eu chorasse...
Não
existiriam mais lenços
Para
enxugar as minhas lágrimas...
Todos
os não que recebi,
Foram
combustível
Para
que eu seguisse em frente...
A cada
não, fiz com que eles se tornassem pedras
Que
pavimentaram o caminho
Para
ir rumo a minha vitória...
EMPATIA
CAPITULO 4
SUBINDO A ESCADA DO
APRENDIZADO
(APRENDENDO COM MEUS ERROS)
Os muitos erros que
eu cometia começavam a me ensinar. Não estava sendo fácil tudo o que eu estava
passando. Era um grande sofrimento. Ter que conviver com pouco dinheiro e
aprender a administrar problemas??? Ah! Não era muito fácil. Mas aos poucos eu
via que tinha como fazer o diferente, bastava aprender com os erros do passado
e buscar não cometê-los novamente.
Certa tarde pude ver
uma escada, quando estava esperando o ônibus para ir ao trabalho, e parecendo
um click surgiu em minha frente uma resposta para muitas perguntas. Aquela
escada... Ah! Eu deveria subir cada degrau de uma vez.
Sempre eu pensei que
chegar ao topo era fácil. Que chegar ao sucesso era como um passe de mágica.
Mas aprendi que é preciso subir degrau por degrau.
Quando cair, é
preciso voltar ao degrau anterior e aprender sobre o motivo de minha queda. APRENDIZADO E RENOVAÇÃO CONSTANTE.
Capítulo 5
O PODER REAL DA REFLEXÃO
(Comprando um novo motor)
Caça às “bruxas”
A REFLEXÃO passou a
ser uma grande amiga para mim. Cada passo que eu dava eu pensava e analisava
bem onde eu estava pisando. Acreditando que era preciso ver os pontos negativos
e aprender com eles. Assim, para mim, foi preciso fazer um “FLASHBACK”. Um
retorno ao passado e retirar de meus pensamentos, de minha cabeça, tudo o que
não prestava. Era uma caça às bruxas.
Ah! Não foi fácil
ADMITIR os meus erros. Como era difícil ver que aqueles erros é que faziam com
que a minha vida fosse daquela forma. Ver que eu era um profissional
capacitado, mas era arrogante, autoritário e incosntante em meu trabalho e com
a minha esposa.
CAPÍTULO 6
DO FUNDO DO POÇO ATÉ A FONTE
DO RIO
(Vendo muito mais que lata
velha)
O PODER DE SONHAR ACORDADO...
Quando você está no
fundo do poço não se consegue ver muitas coisas, a não ser o seu próprio
sofrimento. Tudo para você é o errado. Tudo é só angustia, e até mesmo os
amigos te abandonam (Não os amigos verdadeiros).
Quando via o FUSCA
velho, eu já olhava como se ele fosse uma FERRARI. Comecei a fazer
investimentos naquele fusca. Levei-o para o mecânico e ele começou a trabalhar.
Fora preciso desmontar todo o carro, deixá-lo na carcaça e retirar as partes
enferrujadas. Muitas peças corroídas pelo tempo. Muitas peças destruídas. Todos
os dias, quando chegava do trabalho passava na oficina para acompanhar as
mudanças que eram realizadas naquele FUSCA velho.
Era como se
existisse um ritual a ser seguido por mim. Mas a cada mudança eu também mudava
a minha vida. Eu quebrava velhas barreiras que existiam em mim.
Em muitos momentos
de nossa vida é preciso sonhar acordado. Vislumbrar novos caminhos, novos
horizontes. Ver que os sonhos podem se realizar. Isso não é muito fácil. É
preciso superar muitas coisas.
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